Irene Ravache é a convidada do último episódio da temporada de Admiráveis Conselheiras, do GNT. Na entrevista, a atriz de 81 anos falou sobre envelhecimento, vaidade e carreira. Ela explicou por que nunca recorreu a cirurgias plásticas e contou como lida com a aparência ao longo do tempo, com dias de aceitação e também de dúvidas.
“Porque também não sabia como é que era ficar com isso, conviver com isso. Volto para as mulheres da minha família, para as minhas avós. E eu achava minhas avós lindas. Colos confortáveis, pessoas amorosas. E falava assim: ‘Será que eu vou saber conviver com isso?’. Tenho convivido. Tem dias que eu odeio, tem dias que acho que devia ter feito algumas interferências e que ficariam bacanas. Mas tem outros dias que acho que era para ficar assim mesmo. Fui levando”, afirmou.
A atriz também falou sobre sua relação com a fama e disse nunca ter se apegado ao sucesso. Irene afirmou que via a projeção pública como algo coletivo, ligado ao trabalho e ao contexto de cada produção. “Nunca levei muito a sério o sucesso, porque achava que não me pertencia, pertencia a um conjunto de coisas: àquele trabalho, aquele momento, aquele veículo, a todo mundo que estava envolvido. E que aquilo não era a Irene Yolanda, aquilo era um momento, um momento da Irene Ravache. Então, nunca me prendi muito ao sucesso”, disse.
Durante a conversa, Irene Ravache relembrou ainda sua passagem pelo TV Mulher, programa exibido pela Globo na década de 1980. A atriz assumiu o quadro Ponto de Encontro, substituindo Marília Gabriela. Um dos momentos marcantes da época foi a entrevista com o piloto Ayrton Senna (1960-1994), ainda no início da carreira.
Ela destacou a emoção de ver o contraste entre a timidez do piloto e sua coragem nas pistas. “Gostei muito de entrevistar o Ayrton Senna. Ali estava ele, um menino do meu lado, tímido, tímido… E eu olhava para ele, imaginava ele dentro do carro se expondo a todos os perigos, a todas as curvas. Então, ele me comoveu muito”, relembrou a atriz.


